sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Edições

     Hoje está uma noite fria e eu prometi que essa escrita que está saindo de minha cabeça neste momento não irá sofrer deleções (?) ou modificações.  A noite não é fria, mas eu estou cansada. Faz tempo que não escrevo, minhas lendárias histórias continuam na metade. Como a minha vida. Sabe quando não sabe mais o que fazer, dizer, pensar e admirar? Acho que já passei por fases assim umas três vezes ao ano. Porque será? Eu estou com sono e amanhã acordarei cedo - umas oito horas, aproximadamente. Não quero dormir, gosto da noite. É silêncio e como diz Alanis "Thank you silence". Ando lembrando muito de minha adolescência esses dias e talvez esse seja o motivo de escritas tão pessoais, sem histórias e personagens para distrair a atenção de mim. Parece que este é o objetivo da minha vida: tirar a atenção de mim. Mas sou contraditória, adoro quando chega novos comentários em meus textos tão fracos (menos quando são propagandas ou pessoas vazias que não leem uma frase antes...enfim.). Muitas coisas mudaram desde a última publicação aqui. Publicação que ocorreu pois estava em férias e precisava, necessitava. Acontece que a faculdade nos faz pensar de mais, rouba nosso tempo e já não tenho como sentar, como agora, em frente a minha mesa toda bagunçada com água, comida, cola e dragões, e digitar. Digito sobre educação, sociologia e críticas a pessoas que não sabem do que falam. Digito planos de aulas, objetivos e justificativas sobre o porque um aluno tem que aprender algo que eu não sei. Digito coisas que não deveria, faço coisas que não deveria. E dou graças a - por ter conseguido privacidade. E uma cadeira giratória, para nesses momentos de pausas que vocês não sabem quais são, eu ficar rodando rodando tonteando. Cabeça no encosto e olho para os meus livro que, hum, não li todos. Os livros nos escolhe, a música também. Até as pessoas - e no momento acho que a solidão me escolheu. Mudo de posição, alimento meu vício e mexo no cabelo: oleoso. Preciso de uma presilha para não sentir nojo de mim mesma, mas a preguiça fala mais alto.  Eu não gosto de ser deixada no vácuo. Pessoas importantes me deixam no vácuo. Algumas, por minutos. Outras, por meses. Estou chegando a fase de coçar os olhos. Pessoas dizem para continuar forte, sempre ser forte. E quando o frágil chegar? Eu aprendi, quando a fraqueza chegar, todos os momentos fortes voltarão e você tremerá por eles. 

Beijos e boa noite.

P.S.: Porque quando nos fechamos ao  mundo, temos que nos abrir de alguma forma.