Se eu aprendi
uma coisa até agora é que a vida é simples e as pessoas que tem esse vício em complicá-la.
Vejo muita gente reclamando de relacionamentos, homens e mulheres, como se,
primeiramente: se você ama uma pessoa, ela deve te amar – caso contrário, é um
idiota. Então, se essa pessoa te diz um ‘não’, você usa isso como desculpa para
sofrer imensamente e odiá-la para o resto de sua vida. Se ela diz ‘sim’, ótimo:
até você descobrir que ela não é tudo aquilo que imaginava e termina a relação
(e o outro fica te odiando, como no primeiro caso); ou ela descobre que não
quer nada sério, e termina com você, e então ela é uma vadia ou uma puta por
não querer nada sério (e, de novo, você passa a odiá-la).
Ás vezes acho
que estou fora deste planeta, pois comigo já aconteceu todos os casos e
acreditam, até hoje tenho um carinho por todos homens que já conheci. Não é
difícil de entender quando um relacionamento não dá certo, mas pelo que leio
parece que sim, é melhor o outro ficar fingindo que te ama do que te dar um
fora.
Ando
conversando com mulheres mais velhas, divorciadas e que estão em começo de um
relacionamento com um homem e então percebi a diferença entre relacionamentos
de adolescentes e de adultos. Bom, do adolescente é praticamente como o
descrito a cima. Essa enrolação, essa foco no ‘eu tenho que ser feliz, e o
outro saciar minhas vontades, se não tchauzinho’, além dessa banalização do
amor que me entristece ao ver tantos ‘eu te amo’ para alguém com quem ficou
junto por três meses e terminou porque ele não quis ver o mesmo filme que você.
Enfim, não é difícil ver como é o relacionamento de adolescentes (crianças,
melhor, da mais infantil possível).
E do adulto? Acho que muitos já viram aquele
desenho que percorre Facebook e afins, de um casal de idosos e uma fala mais ou
menos assim: “Me perguntaram como nosso casamento durou 60 anos, e eu respondi:
na mina época, quando algo quebrava, a gente consertava”. Não que adianta, também, ficar consertando uma
cadeira que quebra todo mês. Mas o foco é outro, afinal, como consertavam as relações?
Por conversa! Diálogo, bate-papo, senta e fala que sento e te ouço. Com essas conhecidas
mais velhas eu percebi que uma das primeiras coisas a se dizer quando começam
um casinho é: ‘pretende ter filhos?’ ou ‘não terei filhos’. Elas e eles colocam
todas as cartas na mesa antes de partir para um relacionamento. Essa é a
diferença. E o outro tem que aceitar ou cair fora, mas deixam tudo claro: quero
casar de novo, não quero dividir minha cama com ninguém, quero algo sério,
quero que você vá pro inferno e por aí vai.
E se der
certo? Os dois não querem casar, mas pretendem ter um filho daqui uns anos:
como faz? Vive, oras. E nos desentendimentos buscam a conversa que dura o tempo
que for necessário até se entenderem e/ou acharem uma solução. Se o caso for de
terminar, se respeitam, ficam tristes, choram, mas não culpam o outro por não
der dado certo – nem tudo é feito para dar certo e as pessoas são complicadas.
Talvez, se houve mais conversa sobre o que cada um realmente quer, haveria menos brigas e traições - pensem nisso.
Então, jovens,
parem de ser mesquinhos e odiar o outro por você ter levado um pé na bunda! E,
principalmente, não use essa dor e ódio para causar o mesmo para outras pessoas
– nem para quem te deu o fora: é um direito de todos não querer o mesmo que
você e não gostar de você. E parem com
esse discurso ridículo de que ‘todas mulheres são vadias (ou todos homens são
cafajestes e nenhum presta), então vou trata-las como querem’, aprendam: existe
homens, mulheres e gays que querem algo sério, e outros que não. Usar um pé na
bunda para se tornar um cafajeste é completamente infantil e sem sentido, somente
você é responsável pelo o que você faz.
O medo de ficar
solteiro, de ficar sozinho não deveria ser motivo para estar com alguém – e sim
motivo para perceber o quão egoísta somos.
Deste texto, eu gostei :D Parabéns!
ResponderExcluirLegal o texto
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